O impacto global da pandemia: a humanidade diante de uma bifurcação social
Artigo produzido por Dr. Valcionir Corrêa
Introdução: A pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) que acomete, atualmente, milhões de pessoas no mundo com altos índices de óbitos, inclusive no Brasil, se destaca por ser a primeira vez na história que uma enfermidade como essa atinge rapidamente e, em escala global, parcelas populacionais expressivas em todas as nações. A rapidez do seu contágio e o seu elevado grau de adoecimento e letalidade, que extermina a vida de inúmeros indivíduos mundialmente, sem paralelo na história, impressionam e deixam perplexos especialistas da área, populações, governos e instituições mundiais. Por consequência, a virulência e a extensão dessa pandemia disparam o sinal de alerta de que os limites do capitalismo foram acionados por atingir, não apenas parcelas da população nacional e de classe, como demonstra seu histórico de expansão econômica, mas toda a humanidade. Ao impactar globalmente e por em xeque a própria existência humana, o Império do Capital anuncia o início do fim de sua era, a começar pela sua ideologia de consentimento social dissimulado, de que é a única economia política possível ao revelar, com sua expansão total, a sua incompatibilidade com a humanidade. Sabe-se que, a partir desse alerta, a humanidade, no seu conjunto (trabalhadores, capitalistas e governantes), não será mais a mesma, continuará sua trajetória para o mal ou para o bem, de acordo com as decisões que tomará. Diante dessa calamidade de grandes proporções geopolíticas, decorrentes de causas endógenas, autoridades e governantes nacionais e mundiais se viram obrigados, pela primeira vez na história também, a suspenderem as atividades produtivas impondo à população o isolamento social como alternativa mais eficiente para conter a velocidade da disseminação da Covid-19. Assim, comprometendo imediatamente a produção e os negócios capitalistas e, respectivamente, contrariando as indignadas manifestações das elites escravocratas, que sempre viveram à custa do trabalho alheio, e que pedem a volta ao trabalho.
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